A taxa de sucesso de operações financeiras nacionais ou internacionais está vinculada diretamente a determinados fatores relacionados à gestão das empresas tomadoras.
Na nossa experiência assessorando bancos, fundos e investidores, detectamos pelo menos 3 aspectos que distinguem managements uns dos outros e podem indicar maiores chances de êxito ou fracasso da transação:
1. Em situações de problemas de caixa, como a empresa tratou seus financiadores? Este é um ponto importante, porque é em crises que se testam atitudes de empresas e gestores. Há o grupo que corta qualquer canal de comunicação com credores e o outro grupo que, mesmo em momentos de stress financeiro e dificuldade de capital de giro, mantém o diálogo, fornecimento de informações e discussão aberta sobre formas de resolver a situação.
2. A empresa é litigante contumaz? Deve-se acender o luz laranja quando se identifica que a empresa sob análise é litigante contumaz contra clientes, fornecedores e/ou financiadores. Muitas vezes os financiadores deixam de realizar esta verificação e são surpreendidos com medidas judiciais após a operação é concluída e os recursos desembolsados.
3. Como é a governança, transparência e realiability das demonstrações financeiras da empresa? Na era da informação, onde é valorizada a transparência, acuracidade das informações contábeis e financeiras e governança corporativa, deve-se tomar cuidado redobrado com tomadoras e seus acionistas/cotistas controladores que não promovem todos estes aspectos. Empresas opacas, onde o acesso às informações operacionais e de gestão são limitadas, os números não são confiáveis e/ou não há uma segregação entre os interesses individuais dos sócios e os da própria empresa, deve levantar um red flag no prosseguimento da operação.
Cada um dos 3 aspectos acima tem impacto direto na probabilidade de sucesso de operações financeiras/bancárias e deve ser considerado no momento do risk assessment.
