Em pesquisa recente conduzida pelo Morgan Stanley, constatou-se que a nova geração de investidores chamados Millennials está muito mais propensa a investir em fundos ou companhias com sólidas ESG policies (environmental, social and corporate governance).

O estudo alerta para o fato de que esses retail investors começam a acumular riqueza e que os ativos sustentáveis, que já tinham a atenção de investidores institucionais, não podem mais ser deixados de lado por RIs de empresas e gestores de ativos. No Brasil, segundo a Climate Bonds Initiative, a demanda por títulos verdes chega a superar em 6 vezes o tamanho da oferta. 

Em meio à crise atual, é provável que muitos investidores reavaliem seus métodos. Isso aumenta a importância das diversas opções disponíveis para gestores e empresas visando atingir esse público, tais como: 

(i) Emissão de CRAs verdes e Green Bonds, certificados por verificador acreditado; 

(ii) Adequação ao Código AMEC de Princípios e Deveres dos Investidores Institucionais, e recebimento do Selo Stewardship, que já conta com a adesão de Asset Management de grandes instituições financeiras; 

(iii) Listagem da companhia aberta no Novo Mercado, ou em segmentos especiais de listagem na B3, que asseguram adoção de elevados padrões de governança corporativa aos investidores; 

(iv) Adesão ao Código de Autorregulação em Governança Corporativa, de 2019, destinado às Entidades Fechadas de Previdência Complementar;

(v) Adoção dos critérios de classificação de crédito trazidos pela PRI Statement on ESG in credit risk and ratings, que já conta com a adesão de 16 credit rating agencies e 151 investidores, representando cerca de US$ 30 trilhões de ativos em custódia no mundo inteiro. 

A adoção destas, entre outras, promete ser um diferencial competitivo nos próximos anos para captação de recursos, principalmente em um cenário de alta volatilidade, em que os ativos lastreados em empresas sólidas e sustentáveis costumam representar menor exposição a riscos.