Quando se fala em assessoria jurídica trabalhista, logo vem à mente o clássico modelo de consultivo, solucionando questões cotidianas e atuando em estudos específicos, combinado com representação processual de demandas administrativas e judiciais.

Tudo isso está correto, mas a verdade é que cada vez mais se exige dos advogados e de suas bancas a posição de parceiros do negócio. Em outras palavras, além de conhecer com profundidade as particularidades dos seus clientes, suas orientações precisam ser business oriented.

Para tanto, dados da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, de dezembro de 2019, apontam que 97% dos processos ativos já estão tramitando por meio do sistema PJe.  Mais do que eliminar a necessidade de impressão e circulação de papel, a distribuição de novas ações, os protocolos e o acesso às suas cópias passaram a ser acessíveis a qualquer tempo e em qualquer lugar. 

No outro plano, novas ferramentas possibilitam que os departamentos de recursos humanos utilizem ambientes compartilhados de documentos em nuvem, ministrem treinamentos, criem novas formas de comunicação aos seus times, facilitem feedback e, consequentemente, gerem uma melhor experiência aos seus colaboradores. Aliado a tudo isso, o jurídico dispõe de plataformas de gestão processual, automação de documentos, jurimetria, solução de conflitos e analytics.

A tecnologia evoluiu, o Judiciário se modernizou e, com isso, o papel do advogado mudou. Sem dúvida, um momento desafiador, mas ao mesmo tempo uma excelente oportunidade a todos.

A clássica assessoria trabalhista tem como sua aliada uma infinidade de dados, que não apenas precisam ser protegidos, exigência da nova Lei Geral de Proteção de Dados, mas corretamente geridos, resultando daí um novo substrato de inteligência à disposição os empresários para que possam tomar suas decisões da forma mais alinhada possível aos interesses de suas organizações.