O mercado internacional de Green Finance ultrapassou US$ 1 trilhão em 2019 e o Brasil deverá ter um share grande dele pela relevância no agronegócio.

Green Finance trata de instrumentos de captação de recursos, nacionais ou internacionais, para financiamento de projetos certificados que tenham impacto ambiental e climático positivos.

E o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) será um dos principais meios de acesso a este mercado. Ainda mais com a edição da Medida Provisória 897, que autorizou a emissão de CRAs em moeda estrangeira.

CRAs representam hoje um dos principais instrumentos de mercado de capitais disponíveis para empresas do agro para captação de recursos por meio de oferta pública com ou sem esforços restritos registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Como valor mobiliário securitizável, CRAs são lastreados em contratos ou CPRs (Cédula de Produto Rural) que representem um direito creditório da empresa cedente.

A MP 879 passou a permitir a emissão de CPR com variação cambial que, por consequência, viabiliza a emissão de CRA com lastro nesses recebíveis atrelados a moeda estrangeira, o que dará acesso a investidores institucionais, fundos e bancos estrangeiros que só podem adquirir títulos em dólar.

Fato é que com o crescimento do mercado internacional de Green Finance e a introdução de CRAs em dólar, empresas da cadeia de agro terão novas opções de financiadores para seus projetos que tenham impacto ambiental e climático positivos.

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