Nossa experiência mostra que diversas empresas somente passam a dar atenção adequada e profunda à questão tributária em momentos de baixa atividade econômica ou aperto de capital de giro.
Em momentos de maior liquidez e de economia crescente a atenção à total eficiência tributária é de alguma forma deixada em segundo plano.
Nossa sugestão neste começo de 2020, em que diversos indicadores apontam um gradual, mas sustentável crescimento econômico, é que se mantenha a busca por eficiência tributária. E para isso destacamos ao menos três pontos de atenção:
(i) Busca de oportunidades de discussão judicial de temas, revisitando decisões antigas para saber se atualmente são pertinentes;
(ii) Compliance tributário recorrente e profundo sobre as normas aplicáveis à atual estrutura da empresa e produtos e serviços oferecidos;
(iii) Periódica análise de cenários alternativos para a organização da atividade empresarial. A realidade tributária modifica rapidamente, por isso a análise de cenários tem que ser periódica.
Lembrando que 2020 é ano de reforma tributária, que se espera ocorra em alguma medida. Se não profunda, mas certamente em relação a alguns tributos, ganharão aquelas empresas que cuidarem das novas normas sem perder de vista as antigas.